Segundo o relatório mais recente da Alzheimer’s Disease International, federação internacional de pesquisa e apoio ao tipo de demência mais conhecida – a doença de Alzheimer, uma pessoa é diagnosticada a cada três segundos, totalizando 48,6 bilhões de demenciados espalhados pelo mundo. No Brasil, já são quase 2,5 milhões e a informação que mais chama a atenção na publicação é que este número deve dobrar a cada vinte anos.
Uma grande preocupação das pessoas é ficarem esquecidas. Porém, há vários tipos e causas de falhas de memória que podem acontecer com pessoas de qualquer faixa etária, mas nem todos estão diretamente relacionados a alguma doença. Fatores como dormir mal, usar drogas, mesmo as lícitas como o álcool, submeter-se a estresse, utilizar medicamentos, ser portador de doenças cardiovasculares, metabólicas ou neurodegenerativas e até mesmo deixar de usar a memória podem afetar a qualidade da retenção de informação em graus menos ou mais significativos. “O importante é que todas estas causas podem e devem ser combatidas e melhoradas com tratamentos específicos”, afirma Luiz Antonio da Silva Sá (CRM-PR 14043/RQE 5158), geriatra do corpo clínico do Hospital Pilar.
Nos casos de Alzheimer, os sintomas vão além. Um dos primeiros a aparecer é a perda de memória recente, mas não é o único. Há também dificuldade em realizar atividades rotineiras, desorientação espacial, poder de julgamento e raciocínio abaixo do normal, problemas com pensamento abstrato, troca de coisas de lugar, mudanças repentinas de humor e comportamento, transformações de personalidade, perda de iniciativa e até problemas com a linguagem.
“Como não existem medicamentos específicos para perda ou falha da memória, o melhor é prevenir e tratar os fatores de risco, exercitá-la e estar atento a qualquer sinal de que algo não está normal”, encerra o especialista do Pilar que se especializou em cognição no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.