À área da saúde vem enfrentando um grande desafio em relação à prevenção e tratamento de alterações de origem cognitiva. Estudiosos deste campo tentam descobrir intervenções não farmacológicas como tratamento adjuvante, segundo a fisioterapeuta Jéssica Bacha.
Uma das alternativas que vem sendo estudadas nos últimos anos é a realidade virtual por meio de videogames. Assim, os principais objetivos desta técnica na reabilitação são caracterizados pela melhora funcional, das funções sensoriais, motoras e cognitivas .Outros benefícios secundários das intervenções com os videogames são: a promoção de estimulação social, quando jogado com outros usuários e o estímulo à prática de exercício físico.
Bacha et al., 2018 realizou um ensaio clínico aleatorizado e cego, no qual evidenciou que os jogos virtuais do pacote comercial Kinect Adventures promovem ganhos cognitivos em idosos de 60 a 80 anos e, que estes ganhos se mantem preservados um mês após o término da intervenção.
Revisões sistemáticas nesta área, afirmam que muitos jogos estimulam de forma eficaz os seguintes domínios cognitivos: atenção, memória velocidade de processamento, habilidades visuo-espaciais e visuomotoras.
Dessa forma, terapias de reabilitação cognitiva por meio da realidade virtual têm sido utilizadas com objetivo de promover a manutenção ou ganho da cognição. E, a partir de déficits cognitivos, melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com benefícios no desempenho das atividades de vida diária, e em relação aos aspectos comportamentais tais como apatia, agressividade, depressão, agitação e distúrbios do sono.
Publicado em: 12/03/2020
Sobre a autora: Profa. Ms. Jéssica Bacha
– Fisioterapeuta da Clínica Vigilantes da Memória;
– Mestre e Doutoranda em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP;
– Especialista em Gerontologia pelo Instituto Israelita Albert Einstein;
– Membro da Sociedade Brasileira de Gerontotecnologia;
– Membro da Associação Brasileira Fisioterapia Gerontológica