Entrevista concedida a Rebeca Letieri, publicada no site da Marcia Peltier sobre memória e esquecimento.
Os esquecimentos do dia a dia são normais. Médicos dão dicas práticas para melhorar a memória.
A chave do carro, onde está? Aquela atriz, aquela que fez aquele filme…? Minha nossa, a consulta com o dentista era ontem! Conheço essa pessoa de algum lugar….
Você se identificou? Saiba que não está sozinha: muita gente sofre com esses pequenos esquecimentos diários. Segundo o geriatra do Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba, Luiz Antonio Sá, esquecimentos assim são considerados normais, mas pode haver fatores externos interferindo nesta perda de memória.
O médico explica que, com a agitação da vida moderna, a falha ou lapso da memória pode acontecer em qualquer idade, mas não é considerada doença.
– Falta memória por atenção. Se você não tiver atenção naquilo que está fazendo, vai dar branco – contou o médico. – Mas outros fatores interferem cada vez mais na perda freqüente de memória, como a ansiedade, o estresse e a depressão, que também estão ligados à questão da atenção e concentração.
O neurologista Custódio Michailowsky Ribeiro, do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, faz coro ao geriatra e acrescenta que, para o mundo digital moderno, reter a atenção se tornou um desafio ainda maior.
– O mundo digital/virtual produz uma “tempestade” constante de informações. É impossível o ser humano retê-las e processá-las.
Para Luiz Antonio, a tecnologia, quando bem utilizada, não é inimiga da memória. Segundo pesquisas recentes, as ferramentas da modernidade podem ajudar no acesso rápido e amplo de informação e conseqüentemente, de memorização.
– O lado ruim é que, na mensagem do whatsapp, abreviar e simplificar viram hábito e isso pode levar à perda do domínio na língua portuguesa – comentou o geriatra. – Por outro lado, a tecnologia traz para a sua casa os grandes museus, mapas, enciclopédias. O manuseio da ferramenta é para o bem ou para o mal.
Custódio Ribeiro destaca que o lapso de memória é um processo ligado a diferentes fatores, como problemas emocionais, insônia, fome ou jejum e até mesmo a falta de prazer ou interesse em determinada informação que está sendo recebida.
– Sem o impulso do prazer, a pessoa nunca conseguirá reter a informação e evocá-la.
Mas há outros motivos para os esquecimentos do dia a dia: uso de drogas lícitas e ilícitas, doenças neurodegenerativas, doenças metabólicas e cardiovasculares, entre outros.
– Se a pessoa não estiver emocionalmente bem, será necessário lançar mão de recursos psicológicos e terapêuticos.
Mas qual o limite entre o esquecimento normal e uma condição patológica? O “branco” deixa de ser uma falha para virar algo preocupante quando interfere no cotidiano e bem estar do indivíduo. Custódio ressalta que, quando o lapso na memória começa a comprometer as atividades da vida profissional e do cotidiano, tais como atividades domésticas, financeira e de relacionamento familiar e pessoal, não pode, nem deve, passar despercebido.
– A prevenção pode ser feita através de exercícios de relaxamento, técnicas de organização e orientação de atividades diárias e exercício físico, de baixo impacto e longa duração, entre o período da manhã e da tarde.
Por fim, para reter na memória determinada informação, além da atenção, outro fator importante que deve ser destacado é a “malhação”. Ou seja, quanto menos a memória for trabalhada, mais ela vai falhar.
– A leitura e os jogos como sudoku são boas recomendações para os exercícios de memória. É importante manter um trabalho constante, interação com outras pessoas, alimentação saudável, cuidar do sono. Quem não dorme bem tem grande dificuldade de memória.
Luiz Antonio lembra que, no final das contas, a receita para manter a memória em dia segue um princípio de bom senso, se a pessoa não tem nenhuma doença.
– A regra para a boa memória é a da vida saudável. É como um músculo do corpo: deixando de ser exercitado, ele atrofia.
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