DEMÊNCIA DA DOENÇA DE ALZHEIMER
É uma doença neuropsicogeriátrica degenerativa e progressiva, lesando tecido cerebral, caracterizada pelo desenvolvimento de déficts cognitivos e alterações da personalidade.
O quadro é crônico, progressivo e sua evolução interfere sensivelmente com as atividades pessoais, sociais e de trabalho,tornando o paciente totalmente dependente de cuidados nas 24 horas do dia.
Impacto global da Demência
– Um demenciado a cada 3 segundos
– Atualmente 48,6 milhões de pessoas no mundo ( No Brasil 2,4 milhões)
– Este número aumentará quase o dobro a cada 20 anos
– 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050
– A grande maioria em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento
– Acima de 80 anos, 40% da desta população terá uma das Síndromes Demenciais
(Fonte: Alzheimer Disease International)
Nos Estados Unidos, país que possui estatísticas confiáveis, projeta-se o seguinte quadro evolutivo em 50 anos, referente a D. de Alzheimer, na qual nota-se um aumento expressivo.
1997 2047
População 300 milhões 400 milhões
Síndromes Demênciais 2, 1 milhões 8,7 milhões
% na população 0,7% 2,1%
A Demência da Doença de Alzheimer é o tipo mais comum de Demências, chagando a atingir 60% de todas elas. Mesmo sendo uma doença grave de conseqüências nefastas a integridade física e mental da pessoa, pode ser prevenida, desde que se trate os fatores de risco.
O Brasil será, brevemente um dos países com maior prevalência desta doença e isto se deve a inúmeros fatores de risco, que em outros países mais evoluídos, com os tratamentos adequados e as orientações precisas, já apresentam diminuição do número de doentes, pelo combate à estes fatores.
Outra característica, que os estudos científicos recentes mostram, não precisa mais ter o “esquecimento”, como diagnóstico desta doença, necessitando, porem, ter as outras alterações da cognição, tais quais alterações da personalidade, função executiva, habilidade visuo espacial, atenção, raciocínio, julgamento, pensamento e linguagem.
Sintomas iniciais da Demência (principalmente da doença de Alzheimer)
Perda de memória recente – Um dos primeiros sintomas da doença. Atenção caso a pessoa comece a esquecer as coisas com mais frequência e fique incapaz de relembrar o assunto posteriormente.
Dificuldade em realizar atividades rotineiras – Não conseguir planejar e completar tarefas do cotidiano, como preparar uma refeição ou fazer uma ligação telefônica.
Desorientação espacial – Esquecer onde está e de como chegou até lá. Perder-se na própria vizinhança ou esquecer o caminho de casa também são comuns.
Poder de julgamento e raciocínio abaixo do normal – Vestir-se de forma inapropriada, com várias camadas de roupa em dias quentes ou pouca vestimenta em dias frios. Pacientes mostram pouca capacidade de julgamento, como doar alta soma de dinheiro sem motivo específico.
Problemas com pensamento abstrato – Dificuldade acima do comum para realizar raciocínios mentais. Esquecer para que servem os números ou como devem ser usados.
Errar o lugar das coisas – Trocar o lugar de coisas usuais, como colocar o ferro de passar no freezer. Porém, é normal colocar as chaves do carro ou carteira em lugar estranho de vez em quando.
Mudanças de humor e comportamento – Rápida alternância de humor e comportamento, sem motivos aparentes. O paciente pode ir de um estado calmo ao depressivo e raivoso em pouco tempo.
Transformações de personalidade – Mudança drástica na personalidade. Podem se tornar confusos, desconfiados, medrosos ou dependentes de um membro da família.
Perda de iniciativa nas atividades – Pessoas com Alzheimer tornam-se muito passivas. Ficam horas em frente à TV, dormem mais que o normal e não têm disposição para realizar tarefas usuais.
Problemas com a linguagem – Esquecer palavras simples, substituir palavras comuns e usuais, dificultar a forma de falar ou escrever pode ser um sinal da doença.
Prevenção para Demências
– Prevenção primária através da atuação nos grandes fatores de risco para demência: diabetes, hipertensão, obesidade, inatividade física, tabagismo, depressão e baixa escolaridade
– Também estimulando participação social, educação e dieta correta
– Cerca de 30% dos casos de DA são atribuídos a estes fatores de risco
– O tratamento não farmacológico é tão importante quanto o farmacológico
*Os estudos médicos, mostram cada vez mais a relação do Diabetes, também chamado do tipo 3 com a Doença de Alzheimer
**Atuar nestes fatores significa diminuir 20% dos casos por década
Foto: dignus.pt ( imagem relativamente ilustrativa retirada do Google)
Excelente artigo, Dr. Luiz Antonio! Deu um medinho, porque já me encontrei na situação de um branco e não saber “que rua é essa e onde vai dar!” Corri na geriatra e ela me acalmou… eu estava sob forte situação de stress… “meno male”… mas fiquemos atentos e proativos, produtivos, sempre! Adorei as informações! Obrigada!